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Publicada em 3 de julho de 2016

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É hora de mudar o engate dos carros de passeio

Novas regras obrigam a troca ou adaptação dos equipamentos
em até 180 dias, sob pena de multa e apreensão do veículo

Quase pronto: muitos modelos disponíveis no mercado possuem quase todas as características previstas pela nova legislação, como tomada e local para fixação da corrente de segurança. O engate da Keko (fotos) custa entre R$ 470 e R$ 750, conforme o veículo

Futuras alterações

Seu carro tem engate traseiro para reboque? Se tiver, prepare o seu bolso: a nova legislação aprovada pelo Conselho Nacional de Trânsito no dia 25 de julho obrigará os donos de veículos a retirar, trocar ou adaptar os engates nos próximos seis meses. Esse tipo de acessório, comum em veículos que puxam barcos, reboques e trailers, virou moda no Brasil. Está sendo usado de forma indevida em veículos de passeio cujos donos querem apenas proteger a pintura de seus pára-choques – sem se importar com o estrago que eles mesmos provocam nos outros carros ao estacionar. Os engates reduzem a segurança dos passageiros dos veículos em caso de acidentes mais graves. “Os pára-choques e a lataria dos carros são projetados para absorver as batidas, e os engates anulam o efeito-sanfona nas colisões”, diz Alfredo Peres da Silva, presidente do Contran. Nenhum engate à venda no mercado cumpre com as exigências da Resolução 197. Os fabricantes e instaladores terão de seguir normas estabelecidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Os engates terão de ter esfera maciça apropriada para tração, tomada e instalação elétrica e dispositivo para fixação da corrente de segurança. As superfícies cortantes estão proibidas. Alguns fabricantes, como a Keko, estudam a venda de kits de adaptação. Passado o prazo de 180 dias, os carros com engates irregulares serão multados em R$ 127,69. A infração é considerada grave e confere cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação.