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Publicada em 3 de julho de 2016

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Criança e divórcio

Quase metade dos casamentos em países ocidentais, acaba em divórcio.

Para determinar possíveis efeitos do divórcio uma equipe de pesquisa liderada pelo sociólogo Andrew Cherlin e outros, comparou crianças antes e depois do divórcio.

Este estudo monumental começou quando os pesquisadores entrevistaram 17.414 mulheres­ (as mães de 98 por cento de todas as crianças), sabendo que algumas crianças experimentariam o divórcio dos pais.

Estudaram os filhos aos 17 anos, novamente aos 11,16 e 23 anos.

Por exemplo quando as crianças alcançaram a idade de 23 anos, os pesquisadores localizaram e estudaram e entrevistaram 12.537 da amostragem original.

Essas entrevistas de acompanhamento permitiram focalizar aqueles que aos 7 anos de idade conviviam com os pais biológicos. Os pesquisadores puderam então comparar os que tinham então pais divorciados com aqueles cujos pais não haviam se divorciados durante os nove anos subseqüentes.

A descoberta: os filhos de pais divorciados experimentavam mais problemas.

E ressaltam: ‘Formas destrutivas de conflito conjugal solapam a segurança emocional das crianças”.

O controle dos problemas familiares pré divórcio não reduzia o efeito do divórcio, mesmo depois do ajustamento dos problemas emocionais e da integração na escola aos 7 anos de idade, as possibilidades de se situar acima da média clínica de psicopatologia eram de 39 por cento a mais entre jovens de 16 anos cujos os pais haviam se divorciado nos anos decorridos desde então. O divórcio acarretava em problemas que eram inexplicados pelos problemas familiares pré divórcio.

Curiosamente uma morte parental ( que não é tão sentida como uma rejeição e causa menos conflito). “ Tinha um efeito bem mais fraco”.

Geralmente, o divórcio gera para a criança uma dose dupla de estresse.

O primeiro ocorre logo depois do divórcio dos pais, quando muitas crianças sentem raiva, ressentimento e depressão.

Crianças pequenas podem culpar a si mesma.

As crianças mais velhas podem exibir agressividade e desobediência exagerada. Dentro de dois a três anos, a vida normalmente assenta num equilíbrio mais confiável. Dentro de três a cinco anos depois do divórcio, uma segunda dose de estresse pode acontecer, quando quem ficou com a custódia torna a se casar.

O divórcio acarreta para as crianças um risco maior de desenvolvimento de problemas sociais, psicológicos, de comportamento e acadêmicos. Em comparação com os que cresceram em famílias intactas.

Quando adultos, tem mais probabilidade de se divorciarem e menos probabilidade de dizerem que são “muito felizes”.